Jaisalmer e o deserto.

A actividade turística em Jaisalmer resume-se aos safaris de camelo pelo deserto e, nos entretantos, à visita do Forte da cidade. O Forte tem vida própria, lá dentro funciona uma vila quase independente da cidade lá fora. Com hotéis, restaurantes, comercio e ruelas limpas e animadas, o forte de Jaisalmer faz da preparação para o deserto um agradável momento.

Por outro lado, o deserto… é deserto! Decidimos embarcar na aventura de andar num camelo durante 3 dias. O objectivo cumpriu-se apesar com algumas mazelas para o corpo. Mas enfim, os incómodos causados pelo andar do camelo e o calor foram dissipados pelas aldeias e paisagens com que éramos brindados. O ponto alto foi de longe a companhia dos nossos condutor-de-camelos e as duas dormidas ao relento, a 30km do Paquistão, no meio das dunas de areia, sob o céu estrelado do Grande Deserto do Thar.

Jodhpur

A caminho do deserto decidimos fazer uma paragens para visitar a cidade-azul. Ficámos alojados numa das ruelas labirintas da cidade antiga, que fica aos pés do Forte Mehrangarh e dentro das muralhas. Foi esta zona vibrante da cidade de Jodhpur que fez com que ficássemos cá mais tempo do que o previsto. Com a subida e visita ao forte, os passeios pelos bazares e as comidas de rua, em Jodhpur, voltámos a ganhar ritmo, essencial para o deserto!

Udaipur

Se achamos Jaipur tranquilo, Udaipur parecia um mundo à parte. Tivemos que abordar um taxista sem qualquer pressão de outros, por sua vez este não discutiu o preço e durante o trajecto nunca falou ou nos tentou levar a outros destinos. Não estávamos acostumados a isto, alias, para dizer a verdade, já nem sabíamos lidar com essa situação! Enfim… foi muito bom.

A cidade que foi popularizada com o filme do James Bond, Octopussy, foi a primeira onde encontramos completo descanso. Para nós a cidade resumiu-se a uma vila junto ao lago Pichola, ao seu Palácio e às estreitas ruelas, limpas e coloridas repletas de pequeno comércio. Vale a pena visitar Udaipur, pode-se descansar da caótica Índia, comendo bem e descontraidamente.

Jaipur (via Gwalior – Jhansi)

Após uma noite muito mal dormida em Jhansi (o mais caro e pior quarto da Índia até ao momento!) lá conseguimos chegar a Jaipur, com direito a almoço em Gwalior durante as 3 horas de transferes de comboio.

Sabendo à partida que Jaipur é a capital do maior Estado da Índia, esperávamos a típica confusão dos taxistas e tuc-tucs. Eram 11 da noite quando saímos da estação dos comboios e nos esperavam mais de uma dúzia de taxistas a gritar à nossa volta (contámos 15, mas eram mais!) Feitas as normais diligências conseguimos ficar hospedados num simpático hotel no centro da cidade para descansarmos da viagem.

O dia seguinte, o de visita à cidade, foi uma simpática surpresa. Não só achámos Jaipur bastante interessante como, principalmente, muito tranquila quando comparada com Varanasi, Agra ou Calcutá. A visita ao Palácio da Cidade e a subida ao Iswari Minar Swarga Sal valeram bem a pena, mas foram os passeios pelas ruas e bazares da cidade cor-de-rosa que fizeram de Jaipur a primeira cidade mais moumantai que encontramos até então.

Assim, o Rajastão promete!

Khajuraho

Quem visita Khajuraho é (quase) exclusivamente para fotografar e estudar o grupo de templos da religião Hindu e Jainismo que são ornamentados com figuras nas mais diversas posições do (não tão conhecido) livro Kama Sutra. Nós como não gostamos muito destas coisas só tirámos 1346 fotografias e ficámos cá 3 dias a estudar.

A vila em si tem pouco mais para ver, no entanto tivemos a sorte de conhecer o Rakesh que nos proporcionou uma experiência cultural menos comercial. Com ele fomos visitar a vila antiga (e exclusiva dos aldeões locais), conhecer as suas culturas e costumes. No final da manhã acabámos na casa dele para saborear o almoço que as suas irmã tinham preparado.

A passagem por Khajuraho foi tranquila, sem stress e muito agradável. Quanto às fotografias, não ofendendo susceptibilidades, são para maiores de 18 anos (nalguns casos para menores de 40! :))